(Noticias gospel) Reverendo John Hagee que teve apoio rejeitado por McCain pede desculpas


EUA - Reverendo John Hagee diz que separação é "melhor para os dois e para o país".

O pastor John Hagee, que teve seus apoio rejeitado na última quinta-feira pelo virtual candidato republicano John McCain após declarações polêmicas sobre Adolf Hitler, declarou nesta sexta-feira, 23, que foi "atacado e descaracterizado" pela mídia.

McCain rejeitou o apoio de Hagee na quinta-feira depois que uma gravação de 1990 foi divulgada. No áudio, Hagee sugere que Deus teria mandado Hitler para ajudar os judeus a voltarem a Israel.

Em uma coletiva de imprensa nesta sexta, Hagge disse que sua separação de McCain é "melhor para os dois e para o país".

O apoio de Hagee ao senador republicano, anunciado há alguns meses, se provou problemático para McCain. Antes, em outra declaração polêmica, ele disse que a Igreja Católica é a "grande prostituta". Quando esta declaração veio à tona, McCain disse que não concordava com todas as opiniões de Hagee, mas que aceitava seu apoio.

Em um tentativa de se desculpar com a Igreja, Hagge divulgou uma carta há poucas semanas onde disse se arrepender de qualquer comentário ofensivo aos católicos.

Mas depois de ser confrontado com os sermões de Hagee sobre Hitler e Israel, McCain disse que eles eram "inaceitáveis" e rejeitou seu apoio.

Nesta sexta-feira, Hagee declarou que não era de forma alguma condescendente com o holocausto ou com "o monstro que foi Adolf Hitler".

"Eu devotei a maior parte de minha vida adulta para lutar contra um segundo Holocausto", disse Hagee, que não aceitou perguntas dos repórteres.

O pastor estava acompanhado do rabino Aryeh Scheinberg, da Congregação Rodfei Shalom, uma sinagoga ortodoxa moderna.

Scheinberg classificou como "irônico e absurdo" que as palavras de Hagee tenham sido classificadas como anti-semitas, porque ele estava baseado em uma leitura judaica do Holocausto judeu. "O pastor interpretou o trecho bíblico de um modo não muito diferente de algumas autoridades judaicas".

Na última quinta-feira, McCain também rejeitou o apoio do pastor Rod Parsley, de Ohio, que fez críticas ao Islã.

Fonte: Estadão